Quando falamos de interações medicamentosas, nos referimos às reações adversas que o corpo tem por conta da mistura de diferentes remédios. Somente no Brasil, cerca de 79% das pessoas com mais de 16 anos já tomaram um medicamento sem prescrição médica. Esta prática é uma das principais causadoras de interações indesejadas.
E não para por aí, esta resposta negativa do corpo não se limita apenas a combinação de fármacos, mas também inclui alimentos, bebidas e outras substâncias como possíveis motivadores. Para entender melhor quais são os riscos e formas de evitar problemas do tipo, leia o artigo na íntegra.
Os 5 riscos da interação medicamentosa
Em alguns casos, os médicos optam por combinar medicações a fim de potencializar o tratamento e melhorar a qualidade de vida do paciente, o que é positivo. Contudo, quando isso é feito sem conhecimento ou de modo exagerado, os riscos de gerar reações adversas são grandes. Algumas situações que podem ocorrer em relação ao remédio são:
- Redução do efeito;
- Aumento do efeito;
- Perda do efeito;
- Intoxicação do organismo;
- E em casos extremos, uma consequência fatal.
Pesquisar e entender melhor sobre o assunto auxilia, e muito, na prevenção de quadros assim.
Tipos de interação
Como já falamos no começo deste artigo, a interação não acontece apenas entre remédios. Por este motivo, é interessante se atentar para outros consumos do dia a dia que podem impactar numa reação adversa. Separamos alguns tipos de interações medicamentosas para você entender melhor sobre o tema.
Medicamento com medicamento
Este tipo de interação é o mais comum. O uso de remédios que promovem algum tipo de reação quando combinados pode refletir em resultados negativos. Um exemplo são os antiácidos que, quando agregados aos anti-inflamatórios, diminuem sua absorção causando a redução do efeito.
Medicamento com alimentos
Alguns alimentos são capazes de reduzir e/ou alterar o efeito de medicamentos. Um exemplo é o chá de camomila que consegue modificar o efeito de alguns remédios.
Medicamentos com drogas
Sejam drogas lícitas, como bebidas alcoólicas, ou ilícitas, as alterações provocadas por esta interação geram maior preocupação. Um exemplo claro são os remédios apelidados de “tarja preta”. Como eles atuam de forma muito específica e singular em cada pessoa, as consequências são variadas e, geralmente, sérias. De qualquer forma, a recomendação dos profissionais da saúde é evitar a ingestão de qualquer tipo de droga.
Exemplos de interações
Para ilustrar melhor este tema, trouxemos 2 exemplos de interações medicamentosas para você se atentar.
Antiácidos
Este tipo de remédio é comumente utilizado pelos brasileiros e, muitas vezes, em situações de automedicação. Quando combinado com outros medicamentos ele pode modificar taxas de absorção e dissolução. Não é indicado que antiácidos sejam misturados com:
- Hormônios tireoidianos;
- Antibióticos como a tetraciclina;
- Anti-inflamatórios como a aspirina, diclofenaco e ibuprofeno;
- Antifúngicos imidazóis.
Anticoagulantes
Em alguns casos, quando são misturados com anti-inflamatórios, podem gerar um processo hemorrágico. Além disso, podem reduzir o efeito de anticoncepcionais orais. Para conhecer outras interações clique aqui.
Formas de evitar a interação medicamentosa
Os órgãos oficiais de saúde indicam algumas práticas para evitar que haja alguma interação medicamentosa, são elas:
- Evitar a automedicação;
- Ler a bula: no próprio site da Anvisa existe o bulário eletrônico, onde você encontra várias bulas disponíveis;
- Consultar um médico: é recomendado que você prepare uma lista de todos os medicamentos que você faz e já fez uso, desta forma, o profissional consegue preparar uma receita mais assertiva e segura;
- Fazer muitas perguntas: ao consultar o médico, procure perguntar de interações com alimentos, qual o melhor horário para tomar os remédios etc;
- Procurar informações sobre os medicamentos;
- Entender como o seu corpo funciona e quais remédios não deram certo para você anteriormente.
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Fontes: Pfizer