A hipertensão arterial sistêmica (HAS), conhecida popularmente como pressão alta, é uma doença crônica e sem cura que afeta cerca de 38,1 milhões de brasileiros acima dos 18 anos. Sua causa está ligada a um esforço excessivo do sangue contra as artérias (vasos sanguíneos) para que haja a circulação correta dentro do corpo.
Por muitas vezes não apresentar sintomas, ela acaba tendo o seu diagnóstico e tratamento negligenciados, o que reflete em uma baixa adesão do paciente.
Uma das estratégias eficazes para este tipo de problema é a educação da população acerca do tema e, é claro, maiores estudos da comunidade científica e médica.
Neste post, iremos abordar as principais questões relacionadas a pressão alta e os remédios mais usados e recomendados pelos profissionais. Leia, aprenda e compartilhe com todo o seu ciclo.
Fatores de risco não controláveis
As pesquisas sobre a HAS têm crescido bastante ultimamente, o que já se sabe há um bom tempo é que o problema é herdado dos pais em 90% dos casos, ou seja, se você tiver histórico familiar de hipertensão, é recomendado fazer um acompanhamento mais de perto com o seu médico.
Nos estudos sobre a doença, foram identificados 2 fatores de risco não controláveis, que são:
- Idade: homens com mais de 65 anos e mulheres acima dos 65 têm mais chances de desenvolver pressão alta;
- Genética: se você tem parentes próximos com hipertensão, as chances de você também desenvolver aumentam.
Fatores de risco controláveis
Nosso estilo de vida também impacta, e muito, no aumento dos níveis de pressão arterial. Por este motivo, vamos listar alguns hábitos/situações que devem ser evitados para prevenir e/ou tratar a hipertensão. São eles:
- Sobrepeso: o excesso de peso pode dificultar a circulação do sangue e aumentar a pressão nos vasos;
- Alto consumo de sal: o sódio retém água no organismo, podendo causar a obstrução dos vasos sanguíneos;
- Sedentarismo: a falta de atividade física e uma rotina ativa contribui para o aumento da pressão arterial;
- Fumo: muitas substâncias tóxicas contidas na fórmula do cigarro contribuem para a contração dos vasos sanguíneos, aumentando a pressão;
- Consumo de bebidas alcoólicas: eleva a pressão e está associado ao maior risco de morte por doenças cardíacas;
- Estresse: com a taxa alta de adrenalina, o sangue flui mais rápido pelo corpo, aumentando a pressão;
- Colesterol alto: as partículas de colesterol podem, aos poucos, se depositar nas paredes dos vasos e artérias, elevando a pressão.
Sintomas
Entender quais são os sintomas da hipertensão é importante para que seja feito um diagnóstico precoce e formulação de um tratamento mais assertivo. Até porque, ela pode causar acidente vascular cerebral, infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca, problemas bem sérios para o paciente.
Portanto, separamos alguns sinais para você ficar atento:
- Dores no peito;
- Dor de cabeça;
- Tonturas;
- Zumbido no ouvido;
- Fraqueza;
- Visão embaçada;
- E sangramento nasal.
Como é feito o diagnóstico
Atualmente, o único modo de fazer o diagnóstico de pressão alta é medir a pressão regularmente. Caso seja igual ou ultrapasse os 140/90 mmHg (ou 14 por 9), já é necessário analisar melhor o quadro do paciente e propor estratégias para a diminuição dos níveis de pressão.
A recomendação é que:
- Pessoas com mais de 20 anos devem medir a pressão anualmente;
- Pessoas com histórico familiar de pressão alta precisam medir pelo menos duas vezes ao ano.
É bom enfatizar que o diagnóstico precoce é essencial para a prevenção de complicações graves e desenvolvimento de um tratamento mais leve e eficaz.
O tratamento para pressão alta
Apesar da HAS não ter cura, ela pode ser controlada. Por ser um tratamento duradouro, para a vida toda, a escolha de um bom profissional, um estilo de vida saudável e medicação correta, faz toda a diferença na qualidade de vida do paciente.
Antes de qualquer coisa é válido dizer que a forma de tratar a doença varia de acordo com o grau de risco da hipertensão.
Para todos as pessoas que têm esta condição, algumas mudanças na rotina são essenciais, como:
- Controle de peso;
- Prática frequente de alguma atividade física;
- Adoção de uma alimentação saudável;
- Redução da quantidade de sal nos alimentos;
- Abandono do tabagismo;
- E redução do consumo de bebidas alcoólicas.
E existe o tratamento medicamentoso, que varia de pessoa para pessoa, dependendo do contexto médico dentro do qual ela está inserida. No caso da pressão arterial existe a classe de anti-hipertensivos como principal forma de amenizar e prevenir os sintomas.
Entre os anti-hipertensivos temos as seguintes categorias:
- Diuréticos;
- Inibidores adrenérgicos;
- Vasodilatadores diretos;
- Antagonistas do sistema renina-angiotensina;
- Bloqueadores dos canais de cálcio.
Os que mais se mostraram eficazes na redução de complicações cardiovasculares, cerebrovasculares e renais são os diuréticos em baixas doses.
A seguir vamos listar os 10 principais remédios para pressão alta indicados pelos médicos especialistas. Confira.
1. Furosemida
É um diurético de alça caracterizado por ser potente, de ação rápida e curta, e indicado para casos leves e moderados de pressão alta.
Está disponível de graça pelo SUS ou drogarias.
2. Hidroclorotiazida
É um diurético tiazídico que aumenta a eliminação de sal pela urina, evitando a perda da água, que é uma das maiores responsáveis por uma boa circulação de sangue.
Está disponível de graça pelo SUS ou drogarias.
3. Espironolactona
É um diurético poupador de potássio, que tem o mesmo objetivo da hidroclorotiazida.
Está disponível de graça pelo SUS ou drogarias.
4.Clonidina
É um alfa-agonista que atua no sistema nervoso central aliviando a pressão arterial.
5. Propranolol
É um beta-bloqueador indicado para pessoas jovens que já tiveram ataque cardíaco. Ele melhora o fluxo sanguíneo e diminui a pressão arterial.
6. Doxazosina
É um alfa-bloqueador que impede que o hormônio norepinefrina aperte os músculos das artérias e veias.
Está disponível de graça pelo SUS ou drogarias.
7. Hidralazina
É um vasodilatador direto que relaxa os vasos sanguíneos, assim como o minoxidil.
Está disponível de graça pelo SUS ou drogarias.
8. Anlodipino
É um bloqueador dos canais de cálcio que reduz a pressão arterial.
9. Enalapril
É um inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA), que impede a produção de angiotensina, um hormônio que causa estreitamento dos vasos sanguíneos e aumenta a pressão. Esse processo resulta no relaxamento das veias.
*Efeito colateral comum: tosse seca.
10. Losartana
Também atua como antagonista da angiotensina, porém sem causar tosse seca.
É importante enfatizar que qualquer um destes remédios deve ser prescrito por um médico especialista após avaliação e consulta.
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Neste post, procuramos dar um panorama geral e completo sobre a doença. Acreditamos que a informação é essencial para que o paciente que tem pressão alta, só assim ele se sente mais seguro para procurar as melhores abordagens terapêuticas.
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Fontes: Cadernos de Atenção Básica de Hipertensão – Ministério da Saúde
Arquivos Brasileiros de Cardiologia